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Muitos formatos são suportados. Os principais são:

Texto, HTML, XHTML, Microsoft Word, RTF, PDF, PS, Open Office, Star Writer, Pocket Word, Word Perfect

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RECORD...A EMISSORA QUE MAIS MUDOU SUAS LOGO MARCA

Atualmente com o slogan “JORNALISMO VERDADE”, a Rede Record sofreu várias mudanças que culminaram em uma emissora forte e poderosa que possui o objetivo de se tornar a principal do país. Mesmo sendo a mais antiga em atividade, ela só começou a construir uma marca sólida a partir da década de 90. Analisando a trajetória de evolução de sua identidade visual ao longo de seus 55 anos, podemos acompanhar também um pouco da história da emissora e da própria tevê.

Evolução da Marca

Em 1953, Paulo Machado de Carvalho inaugurou a TV Record e com ela, a sua primeira marca formada por uma rosa dos ventos sob a sigla “TV” em perspectiva. Logo abaixo desse símbolo temos a palavra Record em destaque. A marca, mesmo sem a ajuda da computação gráfica, simulava um 3D, ás vezes até com luz e sombra, claramente inspirado em algumas marcas do cinema. Um problema encontrado era a falta de uma unidade entres as aplicações da marca. Havia variações de proporção entres os elementos, diferenças de lettering, etc. Isso combinava com a inexperiência que a televisão possuía na época.

Marca da Fachada do prédio da TV Record e a garota propaganda Lucy Reis ( 1958 )

O conceito da rosa dos ventos coincidentemente (ou não) foi utilizado também como a primeira marca da TV Globo, sua atual principal concorrente. Talvez a idéia de utilizar esse símbolo estivesse ligada a idéia de evidenciar os novos rumos e direções que e televisão acabara de trazer. Além de mostrar que o veículo seria o principal responsável pela transmissão nos quatro cantos do país.

Marca e Mascote na década de 50.

Como se pôde notar, a intenção inicial estava mais ligada à divulgação do veículo televisor, do que propriamente da empresa em si. O responsável em transmitir a imagem e identidade da TV Record ficava por conta de um simpático tigre, oriundo do símbolo da rádio Record. A utilização de mascotes já não era inédita, e sim uma tendência na época. O indiozinho da TV Tupi e o casal Rita e Paulinho da TV Excelsior já faziam sucesso, conseguindo simpatia entre as crianças, principal alvo das tevês para capturar o público familiar.

Na década de 70, a concorrência aumentava e a estratégia mudava. A necessidade não era mais divulgar o veículo, mas sim onde o canal era transmitido. Com isso, a TV Record abandonou a rosa dos ventos e introduziu o “7”, número do canal da emissora. O lettering ganhou serifa e perdeu o 3D, tornando‐se mais tradicional. Essa perda de expressão de sua identidade visual reflete a decadência, depois de um período de pleno sucesso, que enfrentava a emissora com os incêndios e a invasão dos programas da TVS (atual SBT).

Essa pouca expressão culminou no ano seguinte com a mudança da marca, mas sem perder o foco estratégico. A palavra Record recebeu um lettering mais moderno, delicado e sofisticado, baseado no conceito minimalista, tendência na época. Além disso, a palavra “TV” é eliminada e o sete é incorporado ao logotipo, dentro da letra “O”, mais precisamente.

Durante a década de 70, esse logotipo recebeu várias interferências que traziam uma identidade confusa, evidenciando ainda mais o contínuo declínio da emissora. Primeiramente, foi agregada ao logotipo uma torre de transmissão. Talvez para valorizar o pioneirismo da TV Record em transmitir programas ao vivo.

Depois, foi a vez do famoso tigre se tornar o símbolo da Record. Logo em seguida, a marca ficou mais abstrata e complexa. Apesar da falta de referências bibliográficas sobre a inspiração ou significado, o novo símbolo parecia representar a pupila de um olho. Nesse momento a sigla “TV” volta a precedir o termo Record.

Com a televisão em cores se firmando por volta de 1975, o logotipo do canal teve uma solução interessante. Ele recebeu as cores‐luz RGB nas letras COR da palavra “Record”. A marca ganhou um significado mais rico, afirmando de forma indireta que a “Record teria mais cor”. Esse siginificado ganhou ainda mais força já que foi a TV Record (com a ajuda da TV Difusora de Porto Alegre) a prioneira oficial na transmissão em cores realizada em 19 de fevereiro de 1972, com as imagens da Festa da Uva de Caxias do Sul.

Na década de 80, a emissora vivia um dos seus piores momentos. Ela se tornara praticamente uma retransmissora da programação da TVS. A identidade com isso mudou totalmente. O símbolo transformou‐se em um arco-íris e o logotipo ficou mais pesado (agora novamente sem o “TV”). As listras que formavam esse arco‐íris lembravam muito os tubos coloridos que compunham o círculo da própria TVS. Coincidência ou não, a ligação entre as duas emissoras estava graficamente representada.

Comparação das marcas da Record e da TVS na década de 80.

Porém o arco‐íris não durou muito. Com o progresso da computação gráfica, iniciou‐se o 3D e a estética “Hans Donner”. Surgiu então um símbolo dourado composto por quatro prismas levemente arredondados formando uma espécie de olho estilizado (mais uma vez o olho!). Com a paleta dourada, a Record revelou seu lado tradicional, diferenciando‐se do mundo moderno, arredondado e prateado da Rede Globo.

A partir da compra da emissora em 1990, pelo bispo Edir Macedo, a TV Record se tornou Rede e recebeu um pesado investimento, ficando evidente o seu interesse em tornar-se forte e disputar a audiência com os principais canais: Rede Globo e SBT. O olho dourado foi substituído por uma esfera azulada envolta por três “escamas”, cada uma com uma a famosa cor RGB. A esfera, então, seria uma clara estilização do mundo envolto pela televisão, representada pelas escamas. Em 94, as escamas e a esfera ficaram prateadas, uma evidente aproximação com a identidade visual da Rede Globo.

Embora as vinhetas institucionais continuassem com a tendência estética futurista dos vidros, metais prateados e luzes iniciada por Hans Donner, permeando praticamente todas as emissoras, o dourado volta a ser o elemento diferenciador na Rede Record no ano de 2000. O canal volta então a ganhar um ar mais tradicional, condizente até com o seu próprio histórico.

Contudo, a referência da Rede Globo como uma emissora moderna e de qualidade continuava fortemente presente. E na tentativa de aproximar‐se desses atributos, a Rede Record começou a construir um padrão visual de seus programas muito semelhante (ás vezes quase idênticos) ao da sua concorrente. Em 2003, a marca perdeu a palavra “Rede” e, em 2005, o dourado é trocado por uma paleta mais viva e colorida. Além disso, a esfera, na intenção de tornar a marca mais legível e icônica, transformou‐se definitivamente no mundo com todos os seus detalhes.

Em 2008, com a era da tevê digital, o globo perde detalhes e a paleta cromática volta a se assemelhar a da marca de 1990. Assim, a Rede Record finalmente encontra um caminho com uma identidade mais forte, moderna e mais madura, construída nesses últimos 18 anos. Para ela, esse caminho é o da liderança. Mas não se pode negar que ela não deixou de se espelhar em seu principal obstáculo para isso.

Vinheta dos anos 80